Aqueles que nós esperamos


Desde crianças que vamos criando uma ideia, uma imagem da pessoa que queremos na nossa vida. Criamos castelos nas nuvens, contamos tantas vezes histórias de encantar a nós mesmos e esperamos que essa pessoa nos surja na nossa vida e que viva connosco essa história de encantar. Porém, faz parte da própria natureza do Amor fugir de qualquer tipo de planos. Essa é a sua rebeldia e que bom que assim É! E cada vez mais compreendo em mim e na minha vida que o Amor tem pouco haver com gelatina instantânea...(a não ser talvez na sua natureza colorida)...o Amor é um fruto que precisa de passar pela agrura do Inverno e deixar-se amadurecer ao sol...sem planos, sem datas marcadas, sem explosões de estrelas. Cabe a nós, a capacidade de entrega a esse fruto, essa disponibilidade de coração aberto, apesar de todas as feridas, de saborear esse fruto não com a pessoa que esperamos mas com a pessoa que escolhemos aqui e agora. Com a pessoa que em nós e connosco escolhe também ter a audácia de virar as costas com pompa e circunstância, a esses planos da mente e que sorri connosco na aventura que será viver esse Amor. É preciso ter coragem para nos entregarmos ao Amor presente e libertarmos-nos das expectativas e da imagem da pessoa perfeita. Amor, sim, é uma escolha. Uma escolha profunda de derrubarmos as nossas barreiras, de baixar os nossos escudos. É mais fácil ficarmos fechados na torre de um castelo qualquer, à espera da pessoa dos nossos sonhos e queixarmos-nos que não temos amor na nossa vida. O Amor tem pouco haver com torres e tanto haver com árvores...para viver o amor é preciso escolher descer da torre e abraçar a árvore que está cá em baixo.E qual é a tua escolha?